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RAIVA QUANDO SOU MOLESTADO

Quando sou molestado


Pela quarta vez tentarei publicar este texto. Eu já o tinha escrito, pois, na realidade esse seria o primeiro vídeo da série; mas, preferi deixá-lo de molho e fui refletir antes de publicar. Após fazer uns ajustes, o texto ficou tão grande que tive que resumi-lo para publicar. E depois de tê-lo publicado, o instagram travou, deixando-me sem a possibilidade de, durante todo o dia usar o aplicativo. Por isso, vou publicá-lo aqui, na sua íntegra. E, como tudo isso é baseado na minha experiência, sinto-me muito à vontade para fazê-lo.


Antes tinha-se a chamada "babá eletrônica": a TV. Hoje, até banaliza-se as oportunidades oferecidas às crianças em acúmulo de atividades, colocando-as em ginástica, natação, aula de judô, música, idioma, tênis, pintura, balé e tantas outras coisas chegando a passar também, pela famosa aula de reforço. O cuidado que muitos pais deveriam ter para com os seus filhos tem sido traduzido como “meu filho tem curso de tudo”, pois, por causa das tantas tarefas que envolvem a carreira do papai e da mamãe, eles não têm tempo para:

- efetivar o amor, carinho, atenção,

- transmissão e ensino de valores e princípios


Muitas famílias passaram a ser nada mais que um grupo de desconhecidos que passam um tempinho, de noite, debaixo do mesmo teto. Com a pandemia (eis que voltamos à ela), muitos colocaram as mãos na cabeça, pois, mais que nunca, as crianças “voltaram a ficar sob a tutela dos próprios pais”. Papel invertido, muitos diríamos, não é?


Pais e mães descobriram que não se conheciam, muito menos como família. Muitos casos de abusos foram registrados dentro das próprias famílias, alguns desses já sendo até conhecidos, mas ignorados pelas instâncias que alguma ajuda deveriam prover.


Eu, educadora de paixão, amei a parte em que as crianças voltariam a receber a atenção, carinho e amor que lhes estava em baixa, pois, também parariam de sofrer abusos fora de casa, naqueles contextos para os quais elas são "empurradas". Sim!!! E sabem porquê? Muitas dessas crianças, sem entenderem o que acontece ou se passa na cabeça de jovens e adultos mal intencionados, são puxadas para o colo, e permitam-me a linguagem direta, induzidas a sentar no colinho desse ou daquele, a beijarem e darem selinhos, a darem abraços longos e apertados e tudo isso é visto como "de muito carinho e atenção", até que, já adulto, a pessoa é confrontada com aquela "atenção e carinho" de determinados profissionais na sua infância. Por isso, é sim, necessário que o professor seja um profissional que entenda a sua missão e que a sociedade volte a valorizá-lo como tal, como em pouquíssimas civilizações.

Outro dia ouvi em uma live alguém dizendo que "professor não é psicólogo para dar atenção aos problemas das crianças em sala de aula". Rapidamente, eu desliguei, pois os mais de 23 anos de minha experiência como "profeducadoróloga" dizem e provam diferente.

Quando eu fiz o curso de magistério (meu orgulho) a parte de psicologia era tão apaixonante e intensa que, se você não passasse em psicologia, você não recebia o título de professor. E para ter uma ideia, foi lá que me apaixonei por trabalhar com pessoas, especialmente adolescentes. E gostaria, então, de afirmar que, se o, e-ven-tu-al-men-te professor não pode atuar como psicólogo para com os que trabalham, deve mudar de profissão.

E o que tem isso a ver com ser molestado?

- professores, médicos, dentistas, psicólogos podem (e devem) detectar sinais que indiquem sinais de abuso.


Há estudos que comprovam que, casos de moléstia e abuso começam e se dão no seio da família. Por isso pais e mães, professores e demais profissionais que trabalham com crianças, precisam escutar e observar os pequenos.


O fato é que, quanto maior a reflexão, pais e mães preparados hão de:

- reabsorver a sua função como "reais instrutores";

- querer que os seus filhos tenham uma comunicação aberta em casa, a fim de possam

- reconhecer o que com ele, diariamente, acontece.


Esse livro abre espaço para uma reflexão séria, na linguagem infantil, sobre um tema que precisa ser combatido desarraigado da nossa vivência social.


Que tal repensar as situações em que seu filho e filha estão inseridos e observar se eles realmente estão sendo bem tratados?



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